sexta-feira, 7 de agosto de 2009

05/08/2009
Batalhas do dia

As 6h. As 7h30 ele fechou a porta e saiu de casa. Camisa branca por fora do jeans surrado, jaqueta azul aberta, sapatos de camurça marrom, velhos e sujos, porém confortáveis.

Tenso, preocupado, um pouco triste, com certo medo, medo de tudo de novo. Mas carregava um semblante decidido. Uma carta no bolso, outra nas mãos. A primeira de uma mulher, a segunda para o médico.

Chegou cedo ao destino, como de costume. Sentou e esperou, como planejava. Ao começar o exame, tudo na cabeça. De novo, e de novo. Respira fundo e vai... Um certo sorriso e alívio, da médica...depois o dele. O médico confirmou. Ele sorriu e segurou para não chorar, pois ganhou mais uns dias com a condição de confiar no que aprendeu, praticar e se cuidar. Era só o que ele queria para ir ao banheiro mais leve, lavar o rosto e se encarar no espelho mais uma vez. É, ele mereceu!

O dia não passava...ele corria, fazia o que tinha que fazer, mas nada de cair a noite, exatamente lá pelas 19h20. A primeira carta, que passou o dia todo com ele e seria entregue somente após a segunda, foi entregue, como ele pediu. Talvez não tenha causado o impacto desejado, mas causou algo. Era sincera. A segunda batalha rendeu lágrimas e decepção, mas ele ainda tem esperança!


A princípio outra ferida, ele está ficando calejado...mas cansado também.
Ele ainda tem esperança.

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